Entenda o que considerar no cálculo de depreciação de equipamentos médicos
Muitos dos custos de um hospital ou uma clínica podem passar despercebidos pelos gestores. Isso porque, apesar da durabilidade, as máquinas e ferramentas custam caro e vão perdendo o valor com o tempo. Ou seja, é preciso saber calcular a depreciação de equipamentos médicos para entender qual a situação deles e o impacto nas finanças da instituição.
Essa desvalorização consiste na perda gradual de valor do bem, em decorrência do uso e do desgaste. Mesmo sendo um fenômeno natural, não deve ser negligenciado. Afinal, quanto mais antigo um equipamento, maior será a necessidade de manutenções preventivas e corretivas.
Ainda não sabe fazer esse cálculo? Neste artigo explicamos como é contabilizada a depreciação de equipamentos médicos. Confira!
Por que ocorre a depreciação de equipamentos médicos?
Qualquer objeto ou bem físico está sujeito a se desvalorizar com o tempo, exceto aqueles cujo valor está, justamente, no seu envelhecimento, como uma garrafa de whisky ou uma obra de arte. A questão é que a depreciação de equipamentos médicos pode ocorrer de maneira bem mais rápida e com consequências bem maiores.
Isso porque os aparelhos da área médica têm um alto custo de fabricação, uma vez que empregam tecnologia de ponta. O investimento de uma clínica ou um hospital é alto, ainda que o retorno também seja. De todo modo, esses equipamentos sofrem com o desgaste e a deterioração, principalmente se não passarem por manutenção adequada.
Com o tempo, é possível que esses aparelhos médicos percam até mesmo a sua funcionalidade. Não obstante, existe também o risco envolvido na vida dos pacientes. Além disso, muitas das tecnologias empregadas ficam obsoletas rapidamente, como no caso dos exames de imagem.
O que considerar ao calcular essa depreciação?
Antes de se fazer o cálculo propriamente, é fundamental ter atenção a alguns pontos. Um deles é a realização de manutenções regularmente, que devem ser incluídos nos custos fixos do hospital ou clínica. Também é bom manter um fundo de reserva para a substituição em caso de perda total de algum equipamento.
Outro detalhe a ser considerado diz respeito às regras de depreciação da Receita Federal. Elas são importantes, pois os cálculos são inseridos na contabilidade para a redução do pagamento de impostos, dentro das possibilidades das leis fiscais brasileiras. A tendência é que quanto mais antigo, menor será o imposto sobre o equipamento. Em outras palavras, é preciso colocar na balança todos custos de manutenção, juntamente com o peso dos tributos.
Como calcular a depreciação de equipamentos médicos?
A primeira coisa a se fazer é uma lista completa de todos os aparelhos, com as respectivas datas e os valores de aquisição. Depois, é hora de acrescentar qual a vida útil, conforme o que está previsto na Receita Federal (que para máquinas e equipamentos fica em torno de 10 anos) ou o tempo que será necessário fazer a troca ou reposição.
Em seguida, o preço inicial deve ser dividido pela quantidade de anos e meses de vida útil. O resultado será o quanto o equipamento deprecia mensalmente. Para entendermos melhor, considere um equipamento cujo valor de aquisição tenha sido R$ 100 mil e que precise ser trocado a cada 10 anos. Assim, a sua depreciação anual é de R$ 10 mil, enquanto a mensal é de R$ 833.
Esse cálculo é importante porque a depreciação de equipamentos médicos, junto com o custo da manutenção, insumos e até o salário dos colaboradores que irão usá-los devem ser considerados na precificação dos serviços. Por exemplo, se um hospital tem uma tomografia, é necessário contabilizar todos os custos acima para entender quanto será cobrado por exame, de acordo com a quantidade feita por mês.
Muitas instituições de saúde deixam de considerar a depreciação dos equipamentos médicos, levando grandes prejuízos. Como no fim das contas o custo de um exame ou procedimento pode sair bem maior que o valor de mercado, uma boa saída tem sido a locação de equipamento médico hospitalar. Assim, se paga uma mensalidade, com a manutenção sendo de responsabilidade pela empresa contratada. Vale a pena conhecer!
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